segunda-feira, 10 de outubro de 2016

ADUBAÇÃO DE ORQUÍDEAS





 ADUBAÇÃO DE ORQUÍDEA

 As  orquídeas  devem  utilizar uma estratégia diferente para conseguir  os nutrientes  de que  precisam.  Mas  qual? 

Preste atenção nas orquídeas que  crescem  no  habitat natural, você vai perceber que na maio parte das vezes elas se  desenvolvem  nas proximidades  de  forquilhas  e bifurcações de galhos. Já reparou nisto?
O motivo é que exatamente nestes locais sempre acaba se acumulando detritos  de  origem  vegetal como  sementes,  casca,  pequenos  frutos, folhas, etc.

Também ali se acumulam detritos de origem animal como excrementos, cartilagens, cascas de ovos, insetos mortos entre outros. 

Estes detritos depois de algum tempo se decompõe e se transformam em nutrientes que serão aproveitados também pelas orquídeas, principalmente através de suas raízes mas também através de suas folhas. 

Já quando cultivamos as orquídeas em nossa casa elas não possuem este recurso natural e precisamos utilizar de adubos para suprir estas necessidades da planta.

ADUBOS PARA ORQUÍDEAS

As orquídeas necessitam de cerca 13  elementos químicos para ter uma vida saudável. Três destes elementos elas dependem bem mais e por isto são chamados de macronutrientes primários, são eles: nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K).

Muitos cultivadores acabam chamando o adubo químico de NPK sem saber o motivo, agora você sabe que se trata dos macronutrientes primários.

Estes nutrientes são  geralmente indicados  em fertilizantes como uma relação numérica como 30-10-10,  20-20-20 (este números indicam o percentual de cada um destes elementos na formulação do adubo).

TIPOS DE ADUBOS

De forma muito simples podemos dizer que um fertilizante é qualquer substância, natural ou manufaturada que, acrescentada ao substrato, incremente o desenvolvimento das plantas.  É algo que a planta utiliza para se fortalecer.

Naquilo que se refere à origem destes  nutrientes  podemos dividir em 2 grandes categorias: orgânicos e inorgânicos (químicos).

ADUBOS ORGÂNICOS

Referem-se aos nutrientes contidos nos produtos que são derivados somente a partir dos restos ou um subproduto de um organismo. 

Farelo de algodão, farinha de sangue, emulsão de peixe, esterco e lodo de esgoto são exemplos de adubos orgânicos. 

Os nutrientes em adubos orgânicos dependem dos organismos do solo para processá-los. Eles se tornam mais eficazes apenas quando o solo é úmido e quente, o que é necessário para os microrganismos ficarem ativos. 

Os nutrientes são libertados pela atividade microbiana durante um longo período de tempo. A desvantagem, portanto, é que fertilizantes orgânicos podem não dispensar os nutrientes necessários durante o tempo em que eles são necessitados pela planta para o seu crescimento. 

O ideal é aplicar este tipo de adubo em períodos espaçados de tempo, eu uso uma receita caseira especial a cada 3 meses, mas o tempo em si varia pelo tipo de elemento que você usa. A frequência sempre aparece na embalagem do produto.

Dica: os fertilizantes orgânicos são mais úteis durante os meses de verão, mas não são tão eficazes durante os meses mais frios!

ADUBOS INORGÂNICOS

São  os  fertilizantes  químicos  ou  sintéticos  que  libertam  rapidamente nitrogênio  no solo,  e  são diferentes  dos  fertilizantes  orgânicos,  tais como estrume, que liberta nitrogênio mais lentamente à medida  que ele se decompõe. 

Por esta razão se pode aplicar mais frequentemente este tipo de adubo (eu uso a frequência de 2 luas, ou 14 dias).  As  instruções da embalagem porém devem ser seguidas à risca para  que  nenhuma planta  seja prejudicada, ou mesmo morta.

Como dissemos anteriormente, este tipo de fertilizante é  conhecido  como  NPK por causa dos macronutrientes primários como Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K).

MAS E COMO SABER QUAL O PERCENTUAL DE CADA ELEMENTO? 

A planta vive momentos distintos, em alguns períodos precisa de mais alimento do que outros. Você deve ter a percepção do momento correto de modificar um pouco a composição do adubo. 

Nitrogênio (N)  por exemplo é o componente  essencial  das  proteínas  e clorofila,  e  é  necessário  para  o crescimento vegetativo intenso. Uma  dose  bem  aplicada  de  nitrogênio deixa  as  folhas  das  orquídeas  mais  carnudas  e  com  um  verde  mais intenso.  

A  falta  desse  elemento  inibe  os  processos  vegetativos, reduzindo  o  tamanho  das  folhas  e  dando-lhes  uma  cor verde-amarelada. Se você perceber este sinal pode ser o caso de aumentar o nitrogênio na formulação.  

Já quando a planta está recebendo nitrogênio em excesso isto acaba estimulando demais  o crescimento,  tornando os  tecidos  vegetais  flácidos  e  sem resistência para enfrentar o ataque de pragas e doenças.

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